Para 55% dos brasileiros ter um espaço para home office na residência se tornou um aspecto imprescindível para quem passou a trabalhar de casa, na pandemia.
É o que mostra a pesquisa “Influência do coronavírus no mercado imobiliário brasileiro”, feita pela DataZAP+, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, cujos entrevistados consideram essa característica de moradia muito importante, sendo mais relevante para as gerações mais novas (Z e millennials), tanto para compra, quanto para locação.
O levantamento ainda mostra que o modelo híbrido (remoto e presencial) é o formato de trabalho que quase metade (48%) dos entrevistados adotará em 2022.
Cidade no condomínio, com espaço para morar e trabalhar
Todo esse tempo que as pessoas passaram em casa nos últimos anos já estão impactando o mercado imobiliário.
A busca por imóveis que comporte o escritório e seja adequado às necessidades de cada um já está em alta. Nesse cenário, condomínios com coworking, loja de conveniência e lavanderia compartilhada começam a ganhar destaque.
A localização também é um ponto muito importante, já pensando no modelo híbrido adotado por muitas empresas. A proximidade com supermercados, farmácias, padarias e meios de transporte é fundamental. Mesmo indo ao escritório eventualmente, as pessoas não querem mais passar horas no percurso entre residência e trabalho.
De acordo com Edivaldo Constantino, economista do DataZap, com mais tempo em casa por conta do home office e das medidas de isolamento social, as pessoas passaram a enxergar o ambiente em que vivem com outros olhos. “O mercado imobiliário aproveitou a oportunidade para se adaptar à nova realidade, por exemplo, implementando plantas que atendam a essa demanda.”
No Brasil já tivemos um aumento de 30% na busca por imóveis de dois quartos, assim como nas unidades com três e quatro quartos. Já os espaços com apenas um quarto tiveram uma queda, justamente, por impedir essa possibilidade de montar a própria estrutura de trabalho.