O antigo modelo de trabalho, representado por colaboradores que trabalham praticamente 100% do tempo dentro do escritório, está se transformando cada vez mais rápido e o home office já é uma prática frequente em diversos países da América do Norte, Europa e Ásia.
Aqui no Brasil, entretanto, quando falamos de home office percebemos que esta ainda não é uma realidade para a maioria das empresas e que as resistências ainda são inúmeras. Mas por que um modelo de trabalho que é tão vantajoso para empresas e colaboradores ainda não é tão popular no Brasil?
Existem algumas razões que podem ajudar a explicar essa questão:
1) Cultura brasileira
2) Medo do passivo trabalhista
3) Medo de perder o controle sobre os colaboradores
Antes de falar um pouco mais sobre cada uma destas quatro razões, uma coisa precisa ser dita: os obstáculos a implantação do trabalho remoto não passam de mitos! Sim, os desafios deste novo modelo de trabalho podem ser tranquilamente superados com a adoção de estratégias viáveis, embasadas na lei e que não geram nenhum tipo de prejuízo para as empresas ou colaboradores.
Para ficar mais claro, vamos analisar mais detalhadamente cada uma das quatro razões:
1) Cultura brasileira
Nós, brasileiros, somos um “povo quente”, comunicativo, aberto a interação com outras pessoas. Para nós, interagir é uma necessidade: ver pessoas, conversar, dividir nossas ideias e desafios com uma equipe etc.
Em diversos cases de implantação que acompanhei, principalmente quando a empresa opta pelo home based (modelo de trabalho em que o colaborador passa a maior parte do tempo trabalhando de casa), muitos colaboradores acabaram relatando que se sentiam solitários.
É por isso que defendo o equilíbrio entre o trabalho presencial e o remoto, no qual o colaborador ganha a qualidade de vida e aumento de produtividade proporcionados pelo trabalho remoto e os benefícios sociais proporcionados pelo trabalho presencial. Aqui na HOM criamos o conceito “Faça rodízio de pessoas, não de carros” e indicamos para nossos clientes que o modelo ideal permite que o colaborador trabalhe até 3 dias por semana em casa.
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2) Medo do passivo trabalhista
O passivo trabalhista é um dos elementos que mais geram dúvidas nas empresas. E não é a toa! A CLT é muito “pesada” para o empregador e, como ainda não temos definições específicas para o trabalho remoto na legislação, muitas empresas ainda têm medo de lidar com esta modalidade de trabalho.
Entretanto, como falei anteriormente, este é só mais um mito! Tanto que até o TST (Tribunal Superior do Trabalho), já se rendeu aos benefícios do trabalho remoto: o presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, assinou o ato 327/14 que altera a resolução administrativa 1.499/12, que regulamenta o teletrabalho no Tribunal. De acordo com o ministro, o projeto piloto comprovou as vantagens do home office: “Fizemos um projeto piloto e verificamos que o resultado foi extremamente positivo. A produtividade dos servidores que participaram da primeira etapa de implantação do teletrabalho aumentou muito. Por isso, decidimos pela ampliação”.
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3) Medo de perder o controle sobre os colaboradores
Antes de mais nada, precisamos refletir um pouco sobre esse medo de perder o controle em relação ao trabalho dos colaboradores. Todo modelo de trabalho, seja ele presencial ou a distância, exige uma relação de confiança e controlar não é, necessariamente, a melhor maneira de fazer gestão de pessoas.
No caso do home office, o interessante é fazer um acompanhamento das atividades dos colaboradores, estabelecendo metas e realizando a gestão por resultados.
Uma monitoria mais atenta faz-se necessária apenas em certos casos:
A) Quando o colaborador não está cumprindo as metas estabelecidas e, mesmo após conversas e feedback, continua não cumprindo o que foi acordado. Nesse caso, pode estar acontecendo algum problema com a rotina de trabalho ou com a motivação do colaborador.
B) Suspeita de fraude ou descumprimento da jornada de trabalho, comprometendo a produtividade da empresa.
C) Colaboradores com cargos mais baixos e que necessitam maior controle de horários, ou seja, os profissionais que são remunerados por horas trabalhadas.
Para estas situações, a HOM desenvolveu o primeiro produto de tecnologia exclusivo para gestão do trabalho e monitoramento de colaboradores remotos. Trata-se de um software que registra horas, horários, projetos e atividades. Desta maneira, é possível gerar a segurança da empresa e do gestor em relação ao trabalho que está sendo realizado à distância.
Para saber mais sobre o produto, clique aqui.
Tawan Pimentel
Sócio da HOM | HOME OFFICE MANAGEMENT,
empresa especializada em trabalho remoto,
com mais de 3 anos de experiência no mercado e
ajudando diversas empresas a mudarem para
a melhor a forma de trabalhar.