O futuro do trabalho é flexível e prioriza a saúde mental . Funcionários em todos os lugares estão redefinindo o que o trabalho significa para eles e redesenhando suas expectativas em relação aos empregadores.
Priorizar a saúde mental e ter opções de trabalho flexíveis são agora imperativos para que uma organização permaneça competitiva. Por isso, as empresas precisam de uma estratégia para preservar a saúde mental dos funcionários. E isso não quer dizer ter uma mesa de pingue-pongue e uma lanchonete com comida grátis. É preciso organizar uma estrutura e ter estratégias políticas, programas, benefícios, treinamento e flexibilidade, todos sustentando uma cultura psicológica de saúde e segurança no trabalho.
É fundamental ter políticas e regras de cultura organizacional que forneçam uma estrutura para que os funcionários saibam facilmente como se comportar e como não. Um guia que defina o que a organização valoriza e que descreva o que saúde e segurança psicológica significam naquele ambiente e quais são os valores e cultura que se deseja promover na empresa.
Os empregadores devem revisar e refinar todas as políticas atuais através das lentes da saúde e segurança psicológica, examinando os impactos de cada item na saúde mental e estando preparados para adaptá-las.
Uma boa sugestão é começar revisando políticas como luto, discriminação, inclusão, assédio, folga remunerada e trabalho remoto. O segredo é priorizar a inclusão e integrar o bem-estar dos funcionários em todas as políticas e procedimentos.
Investir em programas de saúde mental dos funcionários pode trazer retornos valiosos e até mesmo ver um retorno positivo do investimento. O programa Not Myself Today da Canadian Mental Health Association é um exemplo de programa que ajuda as organizações a aumentar a conscientização sobre a saúde mental, reduzir o estigma e construir culturas de trabalho de apoio. Os empregadores também podem considerar a implementação de um programa de suporte de colegas, conectando funcionários que estão com dificuldades com colegas que enfrentaram desafios semelhantes.
Muitas organizações aumentaram ou aprimoraram seus benefícios psicológicos e programas de assistência a funcionários durante a pandemia de coronavírus. No entanto, ainda existe um estigma em torno do uso desses programas e muitos funcionários podem evitar para não serem prejudicados.
É importante lembrar que após dois anos de vida pandêmica, muitos colaboradores estão lutando com sua saúde mental e muitos gerentes e líderes estão mal preparados para lidar com isso. Os empregadores devem investir em treinamento para líderes e gerentes, não apenas para apoiar seus funcionários, mas também para conseguirem lidar bem com essa carga.
Os líderes precisam de treinamento para entender os fatores que afetam os funcionários no dia a dia, de modo a identificar práticas inseguras ou insalubres no local de trabalho e fazer mudanças para evitar o surgimento de problemas de saúde mental. E quando um funcionário precisar de ajuda com sua saúde mental, gerentes e líderes precisam saber como triar e apoiá-los para obter os cuidados de que precisam. Eles precisam saber o que dizer e o que não dizer.
Ficou claro que a produtividade não é definida por onde e quando os funcionários trabalham, mas sim como e por quê. Houve uma enorme transformação na forma como as pessoas gostam de trabalhar e o que o trabalho significa para elas. Para muitos funcionários, o trabalho remoto melhorou drasticamente sua qualidade de vida, permitindo um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mais tempo para relacionamentos e maior produtividade.
Por outro lado, alguns trabalhadores perderam as interações pessoais e estão se esforçando para retomá-las. Os desejos e necessidades dos funcionários variam e os empregadores mais preparados conseguem permanecer flexíveis.
Empregadores que dão autonomia aos seus funcionários em seu ambiente de trabalho estão priorizando a saúde mental de sua equipe e tem, além de um turn over muito menor, um resultado visível na produtividade e na rentabilidade do negócio.