LinkedIn adota trabalho remoto. A maioria dos 16 mil funcionários do LinkedIn terão permissão para trabalhar remotamente em tempo integral, disse a empresa, em uma reversão de sua política anterior.
O CEO da plataforma, Ryan Roslansky, anunciou a mudança de política em um post no LinkedIn, citando algumas novas aprendizagens dos últimos meses, indicando que os funcionários preferem decidir onde trabalhar por conta própria.
No entanto, os trabalhadores que se mudam de cidades como São Francisco e Nova York para locais mais baratos podem ter seu pagamento reduzido com base nas taxas do mercado local.
O LinkedIn – que é propriedade da Microsoft – havia dito em outubro passado que esperava que os funcionários trabalhassem no escritório pelo menos 50% do tempo depois que as restrições ao coronavírus fossem suspensas.
LinkedIn adota trabalho remoto
Roslansky destacou o desempenho impressionante da empresa no último trimestre, quando o LinkedIn entrou para a lista da Microsoft de negócios de 10 bilhões de dólares, o que ele descreveu como uma prova do sucesso das novas formas de trabalhar.
“Aprendemos que cada indivíduo e cada equipe trabalha de maneira diferente, por isso estamos abandonando uma política única para todos”, disse o CEO.
Apesar dos funcionários demonstrarem vontade de seguir trabalhando remotamente, uma pesquisa interna revelou que 87% dos colaboradores do LinkedIn gostariam de estar no escritório eventualmente, e Roslansky confirmou que mais investimentos vão ser feitos em espaços de trabalho físicos, tanto para o trabalho diário quanto para reuniões de equipe.
Com esta atualização de política, o LinkedIn quase se alinhou com a Microsoft, que revelou há alguns meses as novas regras de seu local de trabalho híbrido, com foco em permitir que os funcionários escolham onde se sentem mais produtivos no trabalho.
A mudança chega no momento em que várias empresas de tecnologia e seus funcionários discutem sobre regras de trabalho remoto.
A Apple, por exemplo, disse aos funcionários que eles serão obrigados a trabalhar presencialmente pelo menos 3 dias por semana, embora tenham adiado o prazo de retorno ao escritório até pelo menos outubro desse ano. Essa medida encontrou resistência por parte de alguns funcionários da Apple, que distribuíram uma carta ameaçando pedir demissão caso fossem obrigados a comparecer ao escritório de forma presencial.
Outras empresas de tecnologia, incluindo Twitter e Facebook, disseram que muitos funcionários são bem-vindos para trabalhar remotamente para sempre – embora o Facebook, assim como o LinkedIn, planeje reduzir os salários dos funcionários que deixam o Vale do Silício por áreas mais baratas.
O Facebook e o Google também disseram aos funcionários que seriam obrigados a serem vacinados quando retornassem ao escritório.
Embora as leis trabalhistas brasileiras sejam diferentes das americanas, já identificamos uma tendência muito forte das equipes oferecerem resistência à volta ao modelo 100% presencial. Por isso é fundamental que as empresas se preparem para implementar modelos híbridos e flexíveis de forma segura.
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