Trabalhar em casa pode melhorar sua qualidade de vida. Manter o trabalho remoto após o isolamento no Reino Unido poderia reduzir as emissões gás efeito estufa e eliminar 23,5 bilhões de quilômetros de deslocamentos, segundo uma pesquisa britânica de sustentabilidade.
A pesquisa, que ganhou o apoio do prefeito de Londres, também descobriu que três quartos dos trabalhadores britânicos não querem que as empresas voltem aos “negócios como de costume” após o isolamento, e quase nove em cada dez são a favor de alguma forma de trabalho remoto. Um quinto dos deslocamentos britânicos podem ser eliminados permanentemente se as empresas adotarem uma abordagem mais flexível aos hábitos de trabalho, afirma o estudo.
As descobertas foram reveladas pelo Plano de Ação Global das ONGs ambientais, como parte de um esforço para incentivar as empresas a continuarem permitindo o trabalho remoto. O estudo foi realizado pelo Business for Clean Air Taskforce, um consórcio que inclui a gigante eletrônica Philips, a plataforma de compartilhamento de viagens Uber e a empresa francesa Engie, e tem o apoio do do governo do Reino Unido.
Os pesquisadores descobriram que a experiência das pessoas com ar mais limpo e ruas mais silenciosas reforçou o apoio à mudança de formas convencionais de trabalho, proporcionando mais qualidade de vida. Essa experiência é fortemente comprovada com dados: de acordo com o Centro de Ecologia e Hidrologia do Reino Unido, a poluição em algumas cidades britânicas caiu 60% durante o lockdown. Dados da Breathe London, administrados pela Environmental Defense Fund Europe, mostram que os níveis de dióxido de nitrogênio, que prejudicam os pulmões, caíram 20-24% no centro de Londres.
Sem surpresa, cerca de 87% dos que atualmente trabalham em casa disseram que gostariam de continuar. Se for possível, cerca de 17 milhões de pessoas continuarão a trabalhar remotamente e com flexibilidade – um aumento de cerca de 58% em relação aos 10,8 milhões anteriores ao lockdown que trabalhavam em casa.
Além disso, usando dados da frota rodoviária do Reino Unido, a pesquisa descobriu que esse movimento equivaleria a uma redução anual da quilometragem em 11,3 bilhões de milhas, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa por cerca de 3,3 milhões de toneladas. Em termos de Londres, isso equivale a tornar o Aeroporto de Luton zero em carbono duas vezes.
Em uma declaração para a Forbes.com, o prefeito de Londres Sadiq Khan disse que o lockdown produziu uma grande melhoria na qualidade do ar na cidade, o que destacou a necessidade de fazer mudanças permanentes na maneira como as pessoas trabalham, gerando mais qualidade de vida.
“Aqui em Londres já fizemos grandes progressos na melhoria da qualidade do ar nos últimos anos, e isso foi acelerado ainda mais durante o lockdown”, disse Khan. “Mas o ar mais limpo não deve ser apenas temporário. Quando o governo começar a relaxar as medidas de isolamento, nosso desafio será erradicar a poluição do ar permanentemente. Trabalhar em casa, sempre que possível, é agora vital para permitir que as viagens essenciais no transporte público sejam feitas com segurança.”
PRIORIDADE
72% dos entrevistados disseram que a melhoria da qualidade do ar deveria ser uma prioridade, devido à maneira como o coronavírus pode afetar os pulmões das pessoas, enquanto 74% dos entrevistados disseram que queriam que as empresas fizessem mais para reduzir a poluição e o tráfego.
Esses números mostram a realidade de Londres e do Reino Unido, mas certamente refletem o que está acontecendo no mundo todo. Transportes mais vazios, ruas mais silenciosas e menos poluição. Fica fácil perceber como trabalhar em casa, pelo menos alguns dias na semana, pode trazer um benefício para a sociedade como um todo.
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**Com informações de Forbes