Os dados são do The Annual IWG Global Workspace Survey, que entrevistou mais de 15 mil pessoas em 100 países diferentes. A pesquisa perguntou sobre as principais motivações do trabalho flexível, como ele está sendo usado por empresas internacionais e quais obstáculos percebidos para sua introdução e aumento ainda permanecem.
Os resultados mostram que há uma grande mudança de poder em relação ao funcionário – eles agora têm mais informações sobre como trabalham e onde trabalham. E as empresas que entendem isso já percebem uma maior produtividade, maior retenção de talentos e maior agilidade.
Os números são muito interessantes, mas já esperados por quem acompanha a evolução desse mercado. Vamos sinalizar alguns deles abaixo. Vale lembrar que essa pesquisa foi feita com empregadores e colaboradores do mundo todo!
- 85% responderam que a flexibilidade ajudou o negócio a ser mais produtivo
- Mais da metade dos colaboradores já trabalham fora do escritório principal pelo menos 2 dias por semana
- 4/5 dos entrevistados garantiram que com duas ofertas similares, recusariam a que não tivesse possibilidade de trabalho flexível
- 65% dos negócios afirmam que o trabalho flexível ajudou a diminuir os gastos fixos, lidar melhor com os riscos e melhorar o portfolio.
O trabalho flexível também está sendo usado como uma forma estratégica de melhorar a diversidade no local de trabalho. O formato pode ajudar especificamente a melhorar a inclusão de grupos que lutam para equilibrar a vida pessoal e profissional, como cuidadores, pessoas com problemas de saúde mental, como depressão, ou trabalhadores mais velhos.
NO BRASIL
O Brasil também entrou na pesquisa.
Um ponto avaliado foi a porcentagem de pessoas que já consideram o trabalho flexível como o “novo padrão”. No Brasil esse número é de 72%, perdendo apenas para Alemanha e França. No Japão esse número já chega a 80% e a média global é 75%.
Entre as empresas que oferecem uma política de trabalho flexível, a média global ficou em 62%. No Brasil esse número é de 67%.
Um dos pontos mais relevantes é como o trabalho flexível ajuda empresas a serem mais rentáveis e a manterem os melhores talentos como funcionários. A média global dos negócios que utilizam esse formato de trabalho para atrair novos talentos é de 77%. No Brasil, ficamos com apenas 72%.
Globalmente, 60% das pessoas ainda relatam que mudar uma cultura de trabalho não flexível de longa data é um obstáculo à introdução de trabalho flexível, com líderes empresariais na Espanha, Argentina, México, Coréia do Sul e Itália destacando particularmente essa questão. O medo de como a cultura da empresa pode ser afetada e a falta de compreensão dos benefícios é destacada por dois de cada cinco entrevistados. Esse parecer ser um dos grandes obstáculos para as empresas.
De um modo geral, os resultados mostram que empregadores e empregados convergiram para o trabalho flexível na busca, por um lado, de reduzir despesas e aumentar a produtividade e, por outro lado, alcançar um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
DESTAQUES DE ALGUNS PAÍSES
ARGENTINA
87% dos empresários sente que a empresa é mais produtiva graças ao trabalho flexível e 45% deles acreditam que o negócio tenha ficado até 40% mais produtivo.
AUSTRÁLIA
84% dos negócios estão usando o trabalho flexível para retenção de talentos
BÉLGICA
98% dos trabalhadores, quando confrontados com duas opções, rejeitam a que não possibilita flexibilidade
BRASIL
54% dos trabalhadores diz que continuam trabalhando durante o deslocamento para o trabalho
CANADÁ
68% dos trabalhadores já têm um espaço preparado para trabalhar em casa, mas apenas 35% teve os equipamentos pagos pelas empresas
CHINA
57% dos negócios acreditam que a localização dos escritórios é importante para aumentar as vendas e produtividade
ALEMANHA
80% dos negócios já tem um plano de trabalho flexível ou estão em fase de implementação Quer conferir a pesquisa completa? É só clicar aqui.
* Esse post faz parte da parceira entre a HOM e o Adoro Home Office.