A cultura corporativa ainda é um dos grandes inimigos na adoção de uma política home office nas corporações. Aliás, até já falamos sobre Por que as empresas têm medo do home office? aqui.
Reforçando o entendimento de que ainda há um longo trabalho a ser feito quando o assunto é mudar a mentalidade dos chefes sobre o trabalho remoto, a CNN Money publicou um artigo em que relaciona os principais argumentos dos gestores não hora de dizer não ao home office.
Confira quais são os principais mitos sobre liberar o pessoal para trabalhar em casa:
1) Se eu não posso vê-lo, você não está realmente trabalhando
A procrastinação é sempre uma preocupação entre os gestores, mas ela não é mais provável de acontecer em casa do que no escritório.
“Nenhum gestor fica oito hora em cima do trabalhador no escritório para se certificar de que ele está trabalhando”, argumenta Rose Stanley, profissional da associação de recursos humanos WorldatWork.
Além disso, mesmo quando todos os funcionários estão na empresa, é mais provável que os colaboradores enviem e-mails aos colegas do que percorram os corredores para falar com alguém. Sem falar que em corporações multinacionais a maioria já está trabalhando com membros da equipe espalhados pelo mundo.
2) As pessoas que trabalham em casa não são tão produtivas
Supondo que os home officers tenham o equipamento e espaço adequados para trabalhar em casa de forma eficiente, a perda de produtividade não é um problema. Na verdade, um dos benefícios do teletrabalho é a capacidade de se concentrar.
A Dell, por exemplo, constatou que não houve queda de produtividade, mesmo que ¼ da sua força de trabalho já esteja atuando remotamente pelo menos em tempo parcial. A empresa espera inclusive duplicar essa participação até 2020.
Além do mais, a produtividade é mais fácil de ser alcançada quando não se está exausto e estressado. E um colaborador que tenha que percorrer 25 quilômetros em deslocamento até o trabalho, pode economizar de duas a três semanas por ano somente trabalhando em casa em tempo parcial.
E o mais surpreendente é que parte desse tempo que o colaborador economiza provavelmente será dedicada ao trabalho. Um relatório da Gallup descobriu que os trabalhadores remotos registram uma média de quatro horas a mais de trabalho por semana do que os funcionários que trabalham no escritório da empresa.
3) Se todos forem para o home office, a cultura da empresa cairá de um penhasco
Trabalhar em casa o tempo todo pode gerar muito isolamento. Mas pesquisas e análises de engajamento, feitas pela Gallup e Ernst & Young, revelam que os colaboradores que têm a opção de fazer home office de um a dois dias por semana têm níveis mais elevados de engajamento do que os colegas que estão todos os dias na empresa.
Essa opção de home office apenas alguns dias por semana pode ser a mistura ideal entre o isolamento do trabalho remoto e a colaboração com os colegas.
* Com informações da CNN Money.
** Esse post faz parte da parceira entre a HOM e o Adoro Home Office.