Espaços de trabalhos flexíveis estão se tornando um atrativo na hora de recrutar novos colaboradores. “Apesar das diferenças de idade, há mais semelhanças do que discrepâncias entre o que as pessoas esperam do local de trabalho e de suas carreiras, e uma delas é a capacidade de trabalhar quando e de onde elas quiserem”, afirma Richard Westphal, estrategista da Accenture, em entrevista à Forbes.
Mas independente do que os colaboradores esperam, o trabalho remoto também precisa ser encarado como uma forma de as empresas entregarem melhores resultados de negócios, e é nesse ponto que entra o BlueWork, o programa da American Express que engloba o home office.
Ainda de acordo com dados divulgados pela Forbes, a gigante de cartões de crédito conseguiu não apenas melhorar a produtividade dos colaboradores com o BlueWork, mas também economizar entre 10 e 15 milhões de dólares anuais em custos imobiliários.
Como funciona o BlueWork
Como parte do programa BlueWork, a American Express realiza uma pesquisa com seus colaboradores, com o objetivo de encaixá-los em uma das quatro categorias: Hub, Club, Roam ou Home.
A Hub significa que o trabalho do funcionário exige uma mesa fixa e sua presença todos os dias no escritório. Na Club o colaborador tem funções flexíveis que envolvem atividades presenciais e reuniões virtuais, por isso pode intercalar entre o escritório e outros espaços de trabalho. Na categoria Home estão aqueles que fazem home office de três a mais dias por semana. E na Roam estão os funcionários que quase sempre estão na estrada ou em escritórios de clientes, e por isso raramente conseguiriam desempenhar suas funções nos escritórios da American Express.
A parte mais legal do programa é que a empresa designa categorias de trabalho com base em uma análise cuidadosa de cada caso. O que significa que os colaboradores têm a oportunidade de, junto com os seus gestores, determinar o melhor sistema de trabalho com base em suas necessidades especiais.
A American Express descobriu que quando os funcionários têm o apoio para criar um estilo de trabalho que melhor atenda às suas necessidades, eles estão mais envolvidos durante o trabalho, comprometidos com a empresa e capazes de gerar resultados.
Mecanismos de avaliação
Após um período de quatro ou cinco meses da adesão ao BlueWork, a empresa costuma realizar um levantamento para entender o que funciona bem e quais são os desafios a serem enfrentados. As questões abrangem o espaço de trabalho, tecnologias, formas de comunicação, atribuição de funções, apoio da liderança e satisfação.
Com base no feedback são realizados os ajustes necessários e, segundo a American Express, isso é crucial para certificar-se de que as políticas de trabalho remoto permanecem produtivas e eficazes.
Outro ponto importante do programa diz respeito à preparação dos funcionários. Para sanar dificuldades que podem ocorrer durante a transição do escritório para o home office, a empresa promove treinamentos e debates entre os líderes, além de abordar questões como o uso de novas ferramentas de tecnologia, dicas para trabalhadores remotos e sobre como liderar uma equipe remota.
A expansão do programa para as filiais da empresa parece não deixar dúvidas sobre o sucesso do programa. Segundo reportagem do la Repubblica, no final do ano passado um projeto piloto do BlueWork foi implantado na sede da American Express em Roma, levando nada menos do que 300 dos seus mil funcionários para o home office.
Conforme noticiado pelo jornal italiano, com o home office e sem mesas fixas, a American Express está revolucionando o ambiente de trabalho, e é assim que o mundo vai funcionar.
* Esse post faz parte da parceira entre a HOM e o Adoro Home Office.